Daniel Ricardo Ananias do Amaral, 34, é de uma tradicional
família de citricultores. Tudo começou com seu avô, que quando faleceu deixou o
sítio para os pais, que não estavam dando conta do trabalho na lavoura. Daniel havia
acabado de voltar de São Paulo onde morara estudou por um tempo, com
experiência em administração, assumiu o desafio e passou a trabalhar no sítio
da família.
“Minha mãe representa, assim como outras, um universo ainda
pequeno das mulheres membros da Coagrosol e quando recebemos uma carta da
cooperativa que dizia que estávamos em desconformidades com os critérios do
comércio justo me uni a ela para aprender e saber como deveria ser feito e
seguir as normas da cooperativa, e me associei também”, diz Daniel, que complementa;
“Fui orientado e adequamos tudo às normas Fairtrade, logo no primeiro ano que
vendi minha colheita para Coagrosol consegui sentir a diferença, paramos ter
prejuízos e começamos a ter alguma renda”.
Daniel é jovem e formado em publicidade, já tinha entrado em
contato com conceitos como consumo consciente e sustentabilidade. Para ele
entrar no Comércio Justo foi fácil.
“Acredito que com os novos projetos da cooperativa e com ela
cada vez mais fortalecida conseguiremos atrair mais produtores que estejam em
situação difícil para cooperar conosco”, diz Daniel, que complementa; “ Eu
procuro viver o hoje, mas já tenho projeto de plantar novas mudas aproveitando
o projeto de incentivo da cooperativa, acredito bastante no nosso futuro. Temos
uma boa ideia, um bom produto, só podemos esperar prosperidade”.