escrito em 14 de julho de 2020
Euclésio José Vicentim, 52, há vinte anos escolheu
viver em cooperativa e foi um dos fundadores da Coagrosol. “Estávamos sendo
engolidos pela indústria, precisava de uma opção viável para continuar no
campo, foi quando conheci outros produtores na mesma situação, passei a fazer
parte e entender o cooperativismo”, conta Euclésio.
O cooperado produzia laranja orgânica e aos poucos foi
mudando sua cultura, hoje trabalha com manga e limão. “Foi ficando muito
difícil trabalhar apenas com a laranja e migrei para novas culturas, a manga é
uma fruta mais sensível, mas me dá a vantagem de ter um período menor de
cuidados e colheita”, explica Euclésio, que vê na cooperativa uma segurança ao
seu trabalho; “Eu sei que tenho onde entregar a minha fruta, o quanto vão pagar
e que vão pagar o preço justo pelo meu trabalho no campo, o que me permite ter
mais estabilidade e tranquilidade para cuidar da minha família”.
Euclésio trabalha no sistema Fairtrade desde que
entrou para cooperativa e não viu dificuldades para se adequar; “Eu já
trabalhava com orgânicos, já tinha uma organização diferenciada e muita
consciência ambiental, é muito tranquilo pra mim cumprir os critérios”.
Com a chegada da fábrica ele cita também a vantagem da
proximidade de entrega da fruta para o processamento; “É algo muito importante,
está mais perto da gente, fica mais viável e mais barato para cooperativa,
evoluímos muito em 20 anos, desejo que cada vez mais possamos prosperar juntos”.